"O que se pensa não é o que se canta.
Difícil sustentar um raciocínio
com a rima atravessada na garganta.
Mesmo o maior esforço não adianta:
da sensação à idéia há um declínio,
e o que se pensa não é o que se canta.
Há que sentir - e aí está o fascínio -
Com a rima atravessada na garganta.
é o trambolho que menos se agiganta
nesse percurso nada retílineo,
ao fim do qual se pensa o que se canta,
depois que a rima atravessa a garganta."
Tarde
Paulo Henriques Britto
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12 years ago