9.6.10

um belo horizonte de presente

e qual o sentido de resenhar sobre a trajetória dos pensamentos?
diante do vento que desenha a minha vida,
que basta e preenche, ele mesmo irreal,
que familia linda esse país de mistura, e moqueca e feijão,
trajetos se criam, passos se dão,
quase fora de controle,
e por isso mesmo totalmente dentro do planejado,
tudo isso tão lindo que vem de presente com um abraço.
me cabe. me inquieta.
me desequilibra,
me multiplica.
some-me,
some-o-me.
não é um chão,
é o nosso mar,
nossas águas,
a vida com amor e filmes, e olhos nos olhos,
ficar perto pra ver se uma hora cansa.

21.4.10


não gosto não gosto não gosto quando me limitam a interpretação! artista de merda "não foi isso que eu quis dizer" então não bota no mundo guarda pra você seu poeta mesquinho
acredito na arte livre viva e coletiva
aposto na arte abridora de portas
da mescla da sorte
do audio até sem o visual
do conteúdo e da forma
da imagem e do amor
da verdade e da cria

30.3.10

baratΩ de lua cheia

irreal. irreversível.
e por essa natureza, já a aceito.
o fato é...fato, e o encaro como tal.
aceito minha aparente indiferença de frente.
esmago, ouço o barulho, o dedo da mão na sandália me aproxima do que tenho asco.
é 31 de dezembro e eu nem medo mais tenho.
É de lua.

28.3.10

seleção natural

transbordo no real do equilíbrio.
tenho que selecionar.
- tenho o caramba, que eu nunca mais leia, que ninguém nunca veja, que seja eterno no traço de sua existência, que sejam palavras ao vento. que ele se encarregue. o que fica, o que some, o que se mistura. por que eu tenho mais mundos a criar, e no fim das contas tudo volta pro mesmo lugar, ciclicamente em verdades temporais diferentes,

aquela história de sempre.

21.1.10

moreless assim...

diiiiia. longa estrada. pão com queijo. quelili, chapada, japão. abraços. olhos doces, chimô, pão-com-ovo-polly-com-gabi-e-coca-cola. sem relógio, desde então.

quero captar o barulho do vento. ter espaço, na vida, na mochila, à vista, a longo prazo, no cartão da memória, fotos mentais, o dourado da luz, o verde conecta, sete comigo ainda. preciso de água. tem sol demais pros meus olhos e de menos pra minha mente.
o foco do olho, lente, menos virgulas, mais ponto, menos dissertação, mais decisão. mas penso em crônicas, analógicamente digitais: o filme? os pensamentos pulam e de certa forma se desenham através de mim e do aparato em palavras. e disparo com limitada calma e capacidade de compreensão. é um estranho não descontrole tão livre que as vezes descompassa. às vezes produz, às vezes, só(r)ri. 2 do 3 me impressiona. sorrisos, abraços, loiros os olhares, morenas as costas, corda com câmeras, sem palavras, com gramas. e jogo no mundo,

penso de trás pra frente.

vejo fotos em frestas e em pedaços de pele com areia.
paz e sorrisos, a brisa leve e as gotas que da folha caem.
da leveza do ar sem nó, sem dó, sem pó, sem pé.
plantar sementes que germinam lindas flores e cores e amores.
e o amplo e o coletivo individual e a troca com certeza.
essa certeza que nem sei se tão bem conheço,
por que ali existe, existo, não pensa, acontece, se projeta, neutro de lispector, espaço lindo, nulodimensionalidade flusseriana, emptyness de krischnamurti.

e do equilíbrio extravaso em sonhos.